Os 20 momentos que mudaram a música moderna para sempre

Autor: Randy Alexander
Data De Criação: 28 Abril 2021
Data De Atualização: 11 Poderia 2024
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Os 20 momentos que mudaram a música moderna para sempre - Artigos
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Introdução

Como tantas outras coisas, a música parece melhor, mais inovadora e mais influente nos últimos 100 anos do que em qualquer outro período da história. A variedade, as misturas, a abundância de influências fizeram da música uma força monumental na cultura, sociedade e política. Mudou vidas e continua mudando. Tantas coisas aconteceram que 20 momentos em um século inteiro não dá nem para o cheiro. Esperamos que esta seleção ajude a compor o panorama dos últimos 100 anos da música.


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As primeiras gravações de Charley Patton - 1929

Conhecido como o pai do Delta blues e inspiração para mais músicos de Blues do que qualquer outro artista, Charley Patton fez suas principais gravações para Paramount e Gennett em 1929. Ele ficou conhecido por truques de palco como tocar guitarra colocando o instrumento atrás da cabeça, dos joelhos e das costas. Isso no começo dos anos 1930, quase quarenta anos antes de Jimi Hendrix ficar famoso com os mesmos truques. O Blues formou a espinha dorsal do rock e do pop, e Charley Patton estava no início de tudo.

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A invenção da guitarra elétrica maciça - 1940

Apesar de outros terem produzido guitarras semi-sólidas com propagação acústica antes de 1940, Les Paul é quem recebe o crédito de criador da guitarra elétrica maciça. Ela era conhecida como "a tora" e tinha poucas semelhanças com a Gibson Les Paul que seria lançada mais tarde. Para os leigos: a guitarra maciça é de longe o tipo mais popular de guitarra elétrica e, de forma geral, é qualquer uma que não tenha um buraco no meio. Seu impacto na música moderna não precisa ser explicado aqui, mas esse desenho e o de suas sucessoras saltou direto para o centro da música moderna.


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Dois discos e um microfone - 1947

Apesar de ter sido acusado de molestar crianças, Jimmy Savile é tido por muitos como a primeira pessoa a ligar dois toca-discos com um microfone e um mixer entre eles. Ainda não parecia muito com beat-matching e scratching, mas em 1947 era sem dúvida algo pioneiro. Certa vez, ele foi provocado por um colega que perguntou: "o público não pode esperar você trocar o disco?". "O meu não pode", respondeu. Hoje, as pausas entre músicas nos clubes estão mais extintas do que os dinossauros.

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Elvis Presley deixa sua primeira impressão - 1954

Foi com a gravação de "That's All Right" que Elvis começou sua jornada para se tornar a figura mais reconhecível da música moderna. O chefe da gravadora, Sam Phillips, queria encontrar uma pessoa branca que soasse negra - dizia que ganharia um bilhão de dólares com isso. E encontrou tal homem em Elvis - na época, um caminhoneiro de 19 anos -, em 1954. O rock and roll já existia antes de Elvis, mas foi ele quem transformou o gênero em um fenômeno mundial.


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Independência da Jamaica - 1962

Em 1962, a independência da Jamaica coincidiu com a crescente popularidade dos novos sons do ska e do reggae. O orgulho nacional dos dois milhões de habitantes deu origem a músicas de celebração e à singular identidade jamaicana que seriam exportadas para o mundo todo e teriam repercussões muito além das décadas de sua origem. Uma diáspora jamaicana levou a música principalmente para Londres, onde mais tarde influenciaria o nascimento de toda a dance music - especialmente jungle, drum and bass, dub step e rave.

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Os Beatles invadem os Estados Unidos - 1964

O bote dado pelos Beatles na música pop nos anos 1960 foi confirmado de vez quando eles cruzaram o Atlântico e pavimentaram o caminho para muitas outras bandas britânicas que seguiriam seus passos como parte da "Invasão Britânica". Eles apareceram várias vezes na TV, e voltaram mais tarde no mesmo ano. Foi enquanto estavam nos Estados Unidos que eles provaram drogas ilícitas pela primeira vez, quando Bob Dylan ofereceu um baseado a eles. A importância disto - e da subsequente influência das drogas no trabalho dos Beatles e da maior parte das bandas dos anos 1960 - é difícil de minimizar.

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Dylan eletriza - 1965

Bob Dylan, famoso por suas apresentações de violão e harmônica e suas letras antiestablishment, era o queridinho da cena folk no começo dos anos 1960. Sua decisão de aderir aos instrumentos elétricos em 1965 com um dos lados de seu álbum "Bringing it All Back Home" - e em sua turnê ao vivo - foi recebida com hostilidade por puristas do folk que disseram que Dylan tinha se vendido. Suas apresentações ao vivo, começando com o show no Newport Folk Festival naquele mesmo ano, eram acústicas na primeira metade, e acompanhadas pela banda Hawks e seus instrumentos elétricos na segunda metade. Ele foi notoriamente chamado de "Judas" por um fã durante sua turnê na Inglaterra em 1966. Sua decisão de "se eletrizar" escancarou as portas para a experimental segunda metade daquela década.

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Woodstock - 1969

O lendário show gratuito que atraiu cerca de 400 mil pessoas para uma fazenda em Nova York, EUA, chancelou o domínio dos anos 1960 sobre a música do século 20. A ideia inicial era ganhar dinheiro - quase 190 mil ingressos foram vendidos antes do show -, mas ao se depararem com números muito acima disso, os organizadores determinaram a derrubada das cercas na noite anterior ao festival. Teve de tudo - sexo, drogas, rock and roll e lama. A performance de Jimi Hendrix entrou para o folclore musical, mas só uma pequena porcentagem do público a assistiu - a maioria foi embora na segunda-feira por causa do mau tempo.

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Nasce o Black Sabbath - 1969

A primeira banda de heavy metal de verdade era a antítese máxima da geração paz e amor que a originou. Com referências ao oculto e guitarras pesadas, a banda se inspirava em filmes de terror, mas também escreveu canções mais politizadas. Encabeçada por Ozzy Osbourne até 1979 - e novamente, anos depois - a banda, em diferentes configurações, continua escrevendo e tocando até hoje, superando muitas das bandas de metal que vieram depois e foram influenciadas por eles.

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Os Rolling Stones tocam em Altamont - 1969

Foi anunciado como o dia em que o sonho hippie morreu. Os empresários dos Rolling Stones decidiram contratar membros do Hell's Angels como seguranças para seu show gratuito em 1969, mas os motoqueiros provaram ser a escolha errada quando um tumulto violento tomou conta do público. Algumas pessoas tentaram subir no palco, e quando Meredith Hunter, de 18 anos, puxou uma arma, foi morto a facadas por um dos integrantes do Hell's Angels. O incidente foi filmado e o show trágico foi imortalizado no documentário "Gimme Shelter".

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Chega a Disco - 1973

Todas as formas de clubbing têm suas raízes calcadas nas discotecas e na disco music de Nova York no início da década de 1970. Os clubes eram particularmente populares na nova cena gay, que havia se tornado mais aberta desde o final da década anterior. Era uma reação ao rock da década passada, e dançar era tudo o que importava. A cena, que também ganhou popularidade entre as comunidades negras e latinas, cresceu durante a década de 1970 até que grupos como o Bee Gees e filmes como "Os Embalos de Sábado à Noite" se tornaram clássicos.

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Kraftwerk lança "Autobahn" - 1974

Foi em seu quarto álbum que as batidas eletrônicas repetitivas do Kraftwerk se tornaram a obra que seria a raiz da futura dance music, do pop carregado de sintetizadores dos anos 1980 e de todas as formas de música eletrônica. Usando principalmente sintetizadores de última geração, a banda não tinha medo de tocar também instrumentos tradicionais. No entanto, foi sua tecnologia pioneira que rendeu a eles um lugar na clássica série "Tomorrow’s World", em 1975, levando sua música ao cidadão britânico comum. A banda, e o álbum, atraem até hoje uma legião de seguidores.

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O primeiro show dos Sex Pistols - 1976

Centenas de pessoas a mais do que poderia caber no Manchester’s Lesser Free Trade Hall em 1976 alegam ter estado lá, tal é sua importância para a música moderna. Foi o momento do nascimento do punk, e a inspiração para aqueles que de fato estavam lá foi tanta que mudou a música por gerações. Mesmo aqueles que não gostam de punk não podem negar que ele mudou a música. Entre os que sabidamente estavam na plateia, estão nomes como Peter Hook e Bernard Sumner (que seriam do Joy Division), Howard Devoto e Pete Shelley (do Buzzcocks), Mark E Smith (The Fall), Tony Wilson (fundador da Factory Records) e Morrissey (The Smiths).

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Rapper's Delight - 1980

Não foi o primeiro rap, mas "Rapper's Delight", do Sugarhill Gang, foi a música que levou o novo gênero para as massas. Com 14 minutos e 37 segundos de duração, a versão completa foi cortada duas vezes para criar formatos mais palatáveis para o público. A música usava um sample da introdução de "Good Times", do Chic, amarrando a tendência de usar samples que se tornaria uma parte essencial do hip hop. No entanto, o sample foi usado sem autirização, e um integrante do Chic foi surpreendido ao ouvir o rap usando sua própria linha de baixo enquanto estava em um clube.

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O Roland TB-303 é lançado - 1981

Baluarte da mais importante era das músicas dance e eletrônica, o Roland TB-303 foi um sintetizador de graves usados nas florescentes cenas de house de Chicago, techno em Detroit, acid house e rave. Essas cenas trouxeram nomes hoje mundialmente famosos como Paul Oakenfold, Fat Boy Slim e praticamente todos os DJs desde a metade da década de 1980. Ele só foi fabricado até 1984, mas sua popularidade explodiu no final da mesma década, criando um som único para a música eletrônica. Um dos exemplos mais famosos do uso do "303" é na música "Higher State of Consciousness", de Josh Wink.

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Live Aid - 1985

Usar a música para mudar o mundo para melhor não era uma ideia desconhecida antes de 1985, mas os dois shows organizados por Bob Gendolf (em Londres, Inglaterra) e Midge Ure (na Pensilvânia, EUA) foram os primeiros a terem sucesso na empreitada. O objetivo era divulgar a situação de fome na Etiópia e arrecadar dinheiro. Seu sucesso pode ser medido pelo fato de que perto de dois bilhões de pessoas supostamente assistiram ao show pela TV e cerca de R$ 500 milhões foram arrecadados. Todo mundo que era alguém no mundo da música participou do festival: The Who, Madonna, Led Zeppelin, Elton John, U2 e Queen, para citar alguns.

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A ascensão do ecstasy - cerca de 1986

A crescente cena clubber e dance no meio dos anos 1980 caminhou lado a lado com a ascensão do ecstasy. As pessoas encontravam na droga o complemento perfeito para os grooves e batidas repetitivos, e ela permitia que o público dançasse por horas seguidas. Graças à nova popularidade, os DJs se tornaram os novos rock stars. A popularidade da droga nos clubes também forçou os pubs a se transformarem, dos antros sombrios para os mais velhos de antigamente para os jovens, barulhentos e bacanas estabelecimentos que são hoje em dia. As várias mortes ligadas à droga que foram amplamente divulgadas tiveram pouco impacto na sua popularidade.

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Gangsta Rap - 1988

Em 1988, o grupo de Los Angeles NWA lançou seu álbum de estreia, "Straight Outta Compton", e o hip hop conheceu um novo e agressivo som, que permanece popular até hoje. As histórias violentas retratadas nas músicas trouxeram o estilo de vida e as frustrações dos jovens negros da periferia para o conhecimento do mundo todo. A música falava de crime, drogas e misoginia de uma maneira que chocou e fascinou o mainstream. O interior dos Estados Unidos ficou aterrorizado, particularmente quando "Fuck Tha Police" se tornou uma das músicas mais tocadas de "Straight Outta Compton". Esses sentimentos de ressentimento contra a polícia por muitos integrantes da comunidade negra alcançou seu ápice durante os confrontos de 1992 em Los Angeles.

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Napster - 1999

A criação do software que permitia às pessoas compartilharem arquivos de música umas com as outras pela internet mudou a maneira como as pessoas compram e ouvem música. Apesar de ter sido fechado depois de apenas dois anos por causa de questões de direitos autorais, o Napster deu início ao movimento que levou à superação dos formatos tradicionais - discos, fitas e CDs - pelos arquivos digitais. Softwares e sites de download peer-to-peer ainda estão em franca operação, apesar do Napster ser hoje um negócio totalmente legalizado. Mas nós ainda podemos traçar nossa cultura de música digital diretamente até a garagem de um americano de então 19 anos.

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Electronic Dance Music (EDM) desponta nos EUA - anos 2010

Equivalente moderno da Invasão Britânica de 1964, a ascensão da popularidade da EDM nos Estados Unidos foi um repeteco do caso dos britânicos vendendo geladeira a esquimós. A cena eletrônica britânica do fim dos anos 1980 se alimentou do house de Chicago e do techno de Detroit. Os britânicos - e outros - pegaram a ideia e desenvolveram ao longo de duas décadas para, anos depois, os americanos a descobrirem, sem perceber que eram eles mesmos os inventores. A mesma verdade se aplicou nos anos 1960, quando bandas britânicas desenvolveram o R&B dos negros norte-americanos e revenderam aos EUA na forma de Beatles, Rolling Stones e outros. O grande momento da música dance nos EUA solidificou seu espaço no mercado mundial, com muitos figurões da indústria declarando que a EDM é o novo rock and roll.