O craque Romário

Autor: Randy Alexander
Data De Criação: 2 Abril 2021
Data De Atualização: 12 Poderia 2024
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O craque Romário - Artigos
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Introdução

O eterno camisa 11, ex-jogador de futebol e atual deputado federal Romário era um craque nos gramados como nenhum outro. Apelidado de "Baixinho", Romário era conhecido pelo jeito marrento e também por ser um grande goleador que, segundo o técnico do Barcelona, Johan Cruyff, fazia gols de todas as maneiras possíveis. Jogador brilhante, era conhecido como o "gênio da grande área", onde mostrava uma desenvoltura sem igual, driblando com extrema rapidez, em uma explosão devastadora e marcando sempre muitos gols. Veja neste artigo alguns momentos marcantes da trajetória do craque.


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O início

Romário nasceu em 29 de janeiro de 1966 na Comunidade do Jacarezinho e foi criado na Vila da Penha, na cidade do Rio de Janeiro. Filho do operário Edevair e da dona de casa Manuela, Romário teve uma infância pobre. Começou no Olaria, time do Rio de Janeiro, até ser descoberto por um olheiro do Vasco, onde estreou profissionalmente em 1985. No mesmo ano, o Baixinho foi vice-artilheiro do campeonato carioca. No ano seguinte, aliou sua juventude à experiência do grande ídolo vascaíno Roberto Dinamite, que declarou que de cada três bolas que chegavam nos pés do Baixinho, duas ele colocava para dentro do gol.

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Bicampeão carioca pelo Vasco

Romário teve uma trajetória brilhante no Vasco da Gama, ajudando o time a conquistar o bicampeonato carioca de 1987 e 1988, ambas vezes contra o Flamengo, seu maior rival. Na decisão de 1988, Romário marcou um golaço após chapelar o goleiro do Flamengo e entrar no gol com bola e tudo. Pela seleção, ele levou a equipe à medalha de prata nas Olímpiadas de Seul no mesmo ano. Seu desempenho no Vasco, bem como na Seleção, em que foi artilheiro com seis gols, despertou o interesse do então campeão europeu PSV, da Holanda. Na época, Romário já dizia que iria chegar aos mil gols assim como fez Pelé.


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Cai nas graças do técnico do Barcelona

Depois de brilhar no PSV, Romário chamou a atenção do Barcelona, do técnico Johaan Cruyff. Com o contrato assinado em 1993, o Baixinho conquistou títulos importantes junto ao time catalão. Em um clássico contra o Real Madrid, ele marcou três na goleada por 5 a 0 na temporada 93/94, quando o Barcelona conquistou o título espanhol. Com tamanho brilhantismo, o craque caiu nas graças do técnico holandês, que disse que o Baixinho foi o melhor jogador treinado por ele.

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Clamor popular pede Romário na Seleção

Uma briga com Parreira deixou Romário fora da Seleção durante a maior parte das eliminatórias da Copa de 1994. Com a equipe fazendo jogos ruins e correndo o risco de não se classificar, Parreira teve que ceder ao clamor popular que pedia a convocação do craque carioca, que foi convocado para o jogo derradeiro contra o Uruguai. Se a seleção perdesse, o Brasil estaria fora pela primeira vez de uma Copa do Mundo. Na partida, realizada no Maracanã, o Baixinho driblou, chutou, correu, cabeceou e não deu sossego à equipe uruguaia. E, mais uma vez, seu talento com a bola nos pés foi incontestável. Com dois gols marcados pelo jogador, o time venceu os uruguaios e garantiu a vaga para o Mundial.


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A Copa do Baixinho

Nas oitavas de final da Copa de 1994, a Seleção enfrentou os Estados Unidos, justamente em um 4 de julho, dia da independência americana. Com um jogador a menos, após a expulsão de Leonardo, e muitas falhas nas finalizações, o torcedor brasileiro temia pelo pior. Foi aí que Romário fez um passe preciso para Bebeto, que marcou o gol da vitória sobre os donos da casa. O Baixinho mais uma vez mostrou que seria a peça chave para a conquista do tetracampeonato, quebrando o jejum de 24 anos da Seleção Brasileira.

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O corte da Copa

Um estiramento na panturrilha durante os treinos para a Copa de 1998 fez com que Romário fosse cortado do Mundial. Mesmo com a promessa do Baixinho dizendo que se recuperaria a tempo de entrar na segunda fase, a comissão técnica não cedeu. Romário se mostrou bastante magoado e chorou durante uma coletiva de imprensa. Na época, o craque e o então promissor Ronaldo faziam uma ótima dupla de ataque. O sonho do pentacampeonato não aconteceu e o Brasil amargou o vice. Até hoje, ficou no ar a dúvida do que teria acontecido se o Baixinho tivesse jogado.

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Final de carreira

No ano de 2002, Romário assinou contrato com o Fluminense, onde marcou muitos gols e foi chuteira de ouro no mesmo ano. No entanto, as regalias que o craque tinha desagradaram jogadores e torcedores. Em 2005, Romário se despediu da Seleção na vitória por 3 a 0 sobre a Guatemala. Naquele mesmo ano, soltou uma de suas mais célebres frases: "Todo mundo sabe que o Pelé calado é um poeta", em resposta ao Rei, que disse para o Baixinho se aposentar de vez.

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O milésimo gol

Com 986 gols na carreira e rumo ao milésimo, ele decidiu retornar ao Vasco em 2006, pela última vez. No ano seguinte, fez história ao marcar seu milésimo gol em uma partida contra o Sport, em São Januário, pelo Campeonato Brasileiro. Assim como Pelé, o milésimo gol de Romário também foi de pênalti. Em comemoração pelo feito, o Vasco construiu uma estátua do jogador, localizada atrás das traves onde o craque marcou seu gol número mil.

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O fim de uma lenda

Cumprida a promessa de alcançar os mil gols, Romário anunciou sua aposentadoria em março de 2008. Mas, para cumprir um desejo do seu pai, ele ainda vestiu, em 2009, a camisa do América, do Rio de Janeiro. Com seu brilhantismo, o Baixinho ajudou o time a ir para a série A após conquistar o campeonato carioca da segunda divisão daquele ano. Em 2010, decidiu se dedicar à política e foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro. Em Brasília, mostrou ser craque também na política, onde vem marcando muitos gols.