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Nova febre da internet, responsável por milhões de visualizações em páginas de vídeos, sem contar nos inúmeros posts, curtidas e compartilhamentos via redes sociais, o harlem shake é uma dança que virou um verdadeiro fenômeno mundial. Tudo começou com uma performance inofensiva que virou brincadeira, mobilização, protesto político e até uma forma de ativismo. No auge da febre viral, em meados de abril de 2013, o Youtube chegou a registrar um post com as palavras "harlem shake" a cada seis minutos.
O conceito
A princípio, o harlem shake nada mais é do que uma dança engraçada no qual pessoas usando máscaras se movimentam de forma aleatória e frenética. O sucesso começou em fevereiro em Nova York, nos Estados Unidos, quando a ideia foi criada pelo DJ nova-iorquino Baauer. Tudo começa com um apenas uma pessoa dançando e, de repente, um grupo de pessoas fantasiadas começa a fazer uma performance de forma cada vez mais agitada.
Origem
Criada pelo DJ Baauer, a música Harlem Shake foi oficialmente lançada em maio do ano passado. Até fevereiro de 2013, o single ficou encalhado e o DJ continuou desconhecido do grande público. Então, graças a um vídeo publicado no Youtube, a canção estourou nas paradas de sucesso. Semanas depois, o hit já alcançava o topo das mais vendidas na lista da Billboard, tabela musical padrão dos Estados Unidos.
Mobilização e ativismo
Ao redor do mundo, o harlem shake foi usado como arma de mobilização e protestos. No Egito, alguns jovens coordenaram uma grande dança na frente da sede da Irmandade Muçulmana. Usando máscaras de Mickey Mouse, os egípcios manifestavam contra as restrições ao país. Já na Tunísia, o Ministro da Educação ordenou uma investigação depois que o vídeo de estudantes fazendo a performance em uma escola foi divulgado pela internet.
Pelo mundo
A brincadeira se espalhou por lugares e instituições diversas. Soldados do exército norueguês têm um vídeo na internet deles dançando o harlem shake. O mesmo aconteceu com times de futebol americano nos Estados Unidos. Há versões feitas até debaixo d'água. Em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, funcionários do Fórum de Justiça foram demitidos depois de fazerem a dança em cima de processos.