Do que os maias se alimentavam nas diferentes estações do ano?

Autor: Sara Rhodes
Data De Criação: 13 Fevereiro 2021
Data De Atualização: 18 Poderia 2024
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O Império Maia foi um dos grandes impérios pré-colombianos do hemisfério americano. Ele cobriu a península de Yucatán, estendendo-se ao norte do que hoje é o México moderno, e para o sul até El Salvador e Honduras. Como o Império Maia teve uma das áreas mais densamente povoadas do pré-modernismo, a agricultura era cuidadosamente organizada para fornecer alimentos adequadamente durante o ano inteiro.


As pirâmides administrativas e religiosas maias muitas vezes funcionavam como observatórios astronômicos (Brand X Pictures/Brand X Pictures/Getty Images)

Período de cultivo

O Império maia era localizado no hemisfério norte, o que significa que o equinócio da primavera ocorria entre 20 e 21 de Março e o equinócio de outono entre 22 e 23 de Setembro. Como se estendia entre 13º a 21º N de latitude, a planície e partes centrais do império Maia possuíam longos períodos de cultivo.

As três irmãs e a mandioca

Os Maias usavam a técnica de interplantação denominada "três irmãs" para o cultivo de milho, feijão e abóbora. Eles plantavam o milho em fileiras, o feijão entre as plantas de milho para que as vinhas pudessem usar os talos como suportes, e abóbora entre as fileiras de milho para que suas folhas fornecessem cobertura e dispersassem as pragas. A mandioca, também conhecida como aipim ou macaxeira, era uma importante fonte de carboidratos. As três irmãs serviam como alimentos frescos no verão e no outono, preparadas de diversas formas. O feijão era seco durante o inverno e utilizado na primavera. O milho também era preservado como um grão seco ou torrado, inteiro ou transformado em farinha de fubá. A abóbora era armazenada inteira ou cortada e seca. A mandioca era transformada em farinha para uso no cozimento durante o ano inteiro.


A mandioca devidamente preparada é muito nutritiva (Hemera Technologies/PhotoObjects.net/Getty Images)

Frutas e vegetais

Antes das técnicas de transporte e preservação modernas serem desenvolvidas, o período magro do ano ocorria durante a primavera e início do verão, entre o plantio e a maturação. O fim do verão e início do outono era a época de comer o quanto fosse possível de produção fresca, e preservar o restante. Mesmo sem refrigeração e conservas, as frutas e legumes, como abóbora, mamão, goiaba, cajá e tomate podiam ser cortados e secos ao sol para consumo posterior. Os Maias também cultivavam batata-doce e a árvore de fruta-pão como fontes adicionais de carboidratos, além de muitas outras frutas e legumes, como abacate e brócolis.


Os Maias cultivavam árvores em seus jardins. (Photos.com/Photos.com/Getty Images)

Temperos e cacau

Pimentas variadas, de doces à muito picantes, frescas, secas ou defumadas eram usadas para dar vida a uma dieta que para os padrões modernos era bastante limitada. Os maias também usavam o mel, a baunilha e o cacau para dar sabor aos alimentos e bebidas. Eles geralmente se alimentavam com refeições mais substanciosas e ricas em calorias nos meses de outono e inverno. Estas refeições eram baseadas em alimentos secos altamente calóricos, aromatizados com uma variedade de pimentas, e adocicados com mel, principalmente se os consumidores fossem Maias da alta sociedade.

Peixe, carne e insetos

A dieta dos maias também continha peixe e proteína animal. Eles caçavam iguanas, tatus, perus, veados e porcos do mato, uma espécie de porco selvagem. Eles também pescavam, coletavam crustáceos e insetos e criavam cães para o abate. Enquanto a maioria dos filhotes de quaisquer espécies nascem no final da primavera e começo de verão, cães domesticados para o abate estavam disponíveis durante o ano todo, assim como os pescados. Mariscos eram refeições típicas do outono e inverno. Peixes, carne de veado e de porco também eram salgados ou defumados para serem comidos durante os meses de inverno e primavera, época em que reduziam a caça para o crescimento populacional dos animais se recuperar.

Apesar da prática de sacrifícios humanos dos maias, o canibalismo era um ritual religioso e espiritual, e não uma fonte de proteína em sua dieta.