Pintores brasileiros conhecidos pelo mundo

Autor: Lewis Jackson
Data De Criação: 6 Poderia 2021
Data De Atualização: 25 Abril 2024
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Introdução

Como expressão e registro visual de uma cultura, a pintura no Brasil surge muito antes da chegada dos europeus. Os índios que habitavam o território já se expressavam por meio da pintura em paredes, em objetos e nos próprios corpos. Mas uma evolução estética da pintura só foi se desenvolver no século 17, ainda com enorme influência dos movimentos vindos da Europa. De fato, a história da pintura no Brasil só foi se definir depois da "Semana de Arte Moderna de 1922", período em que uma arte essencialmente brasileira começou a ser feita e exportada para o mundo.


Candido Portinari Guardar

Candido Portinari (1903-1962)

Portinari é um dos principais pintores brasileiros graças a seu estilo carregado de pintura, aliado sempre à crítica social. Depois de estudar na Escola Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro, Portinari viajou à Europa, onde seria fortemente influenciado pelas correntes da pintura moderna, especialmente o cubismo e o expressionismo. Seu trabalho é mundialmente conhecido pelos painéis que fez para a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. Sem contar a obra-prima presente na sede da ONU, em Nova York: “Guerra e Paz”, onde retrata a mãe, o filho morto, o retirante e um trabalhador, temas que revelam o sofrimento humano no mundo.

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Tarsila do Amaral (1886-1973)

Figura central da pintura brasileira e da “Semana de Arte Moderna de 1922”, Tarsila do Amaral sempre empregou cores intensas para representar temas essencialmente brasileiros. Nascida em uma família de ricos fazendeiros paulistas, Tarsila teve a oportunidade de estudar na Europa. De lá, fez parte do grupo que lançou as bases da “Semana de 22”. Ela era casada com o poeta Oswald de Andrade e deu de presente ao marido a tela “Abaporu”. Oswald, impressionado pela pintura, escreveu o “Manifesto Antropófago”, que norteou os movimentos artísticos da época. Suas pinturas não são apenas marcadas pela beleza estética, mas também pela crítica social.


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Anita Malfatti (1889-1964)

Outra figura-chave da “Semana de Arte Moderna de 1922”, Anita Malfatti pintava quadros com um estilo de tinta ao mesmo tempo pesado e volumoso. Sua exposição individual causou frisson em 1917, após um artigo publicado por Monteiro Lobato, em uma crítica feroz às telas da artista. O trabalho de Anita refletia o impacto do expressionismo alemão, herança dos anos em que viveu em Paris. Suas telas foram decisivas para o modernismo brasileiro, em virtude de sua liberdade de estilo, o que pode ser visto em uma de suas mais famosas obras “O homem amarelo”.

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Di Cavalcanti (1897-1976)

Cores quentes, formas sinuosas, temas do cotidiano. Essa tríade de estilos e temas caracteriza a obra do pintor Di Cavalcanti, idealizador e um dos organizadores da “Semana de 22”. Cavalcanti iniciou sua carreira como caricaturista e ilustrador. Quando decidiu se dedicar à pintura, começou retratando personagens misteriosos, mergulhados na penumbra. Depois de viver em Paris, focou seus quadros em uma temática nacional, preocupada com a criação de uma identidade brasileira. Daí vêm suas célebres obras que retratam a favela, o samba, o malandro, a mulata e os bares do Rio de Janeiro.


Andrew Wong/Getty Images News/Getty Images Guardar

Alfredo Volpi (1896-1988)

Conhecido por ser o pintor das bandeirinhas, Alfredo Volpi é considerado um dos mais importantes artistas da segunda geração do modernismo brasileiro. Pintor ítalo-brasileiro, Volpi começou a pintar tarde. Fez sua primeira mostra aos 48 anos. Com o tempo, suas paisagens urbanas deram lugar a casas, fachadas e bandeirinhas, em composições que foram ficando cada vez mais simplificadas e originais.

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Hélio Oiticica (1937-1980)

Pintor, escultor e artista performático, Hélio Oiticica atualmente é reconhecido como um dos maiores inovadores da arte do século 20. Por sua veia experimental, Oiticica preencheu uma lacuna existente entre a tradição modernista europeia, a vanguarda brasileira e a cena contemporânea internacional. Nos anos de 1960, ele libertou as cores da bidimensionalidade das telas ao pintar livremente sobre estruturas de madeira. Seu interesse pela cor tridimensional culminou nos "Parangolés", capas de cores vivas inspiradas no samba brasileiro.

Ricardo Frantz Guardar

Victor Meirelles (1832-1903)

Nascido em Florianópolis, Santa Catarina, Victor Meirelles teve seu talento de pintor reconhecido cedo, quando foi admitido como aluno da Academia Imperial de Belas Artes. Especializou no gênero da pintura histórica, retratando eventos de destaque na história do Brasil, como é possível ver em sua obra mais conhecida "A primeira missa no Brasil". Depois de passar uma temporada na Europa, ele volta ao País, onde se torna um dos pintores preferidos do imperador Dom Pedro 2°. Sua obra permanece, até hoje, viva na cultura brasileira. Em Florianópolis, há um museu com o nome do pintor.

Martins, Lincoln. Pedro Américo: pintor universal. Brasília, Federal District: Fundação Banco do Brasil, 1994 Guardar

Pedro Américo (1843-1905)

O pintor brasileiro Pedro Américo se consagrou no mundo das artes principalmente por retratar eventos históricos. O artista se destaca por conseguir dar movimento à pintura e sua obra se parece, muitas vezes, com uma fotografia. É o que se pode perceber na obra "Independência ou morte", também conhecida como "O grito do Ipiranga", ou em sua outra obra-prima, "Tiradentes esquartejado”.

Museu de Arte de São Paulo Guardar

Benedito Calixto (1853-1927)

Considerado um dos maiores expoentes da pintura brasileira do início do século 20, o paulista Benedito Calixto foi um dos pioneiros no Brasil em pintar a partir de fotografias. Daí vem sua especialidade em registrar paisagens locais e elaborar, principalmente, telas de cunho histórico e religioso, como em “Praia do Itararé”.

Roberto Stuckert Filho/ PR Guardar

Romero Britto (1963)

Grande nome no Brasil da pop art, Romero Britto é conhecido por suas pinturas muito coloridas. É um representante desse estilo de pintura contemporânea, na qual o artista não fica apenas restrito a quadros e exposições, participando também de campanhas publicitárias. Graças a isso, Romero Britto ficou conhecido por ser o artista preferido de celebridades de Hollywood. Em contrapartida, o artista ainda não obteve sucesso com a crítica especializada.