Relação de marcas que utilizam trabalho escravo

Autor: Janice Evans
Data De Criação: 2 Julho 2021
Data De Atualização: 1 Poderia 2024
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Relação de marcas que utilizam trabalho escravo - Artigos
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O International Labor Rights Forum (Fórum Internacional dos Direitos do Trabalho) observa que diversas empresas com marcas líderes de mercado utilizam trabalho escravo. Um artigo de 2008 do "New York Times", escrito por David Barboza, revelou como algumas fábricas chinesas que empregam trabalhadores para produzir bens para nações ocidentais eram exploradas. Além de receberem salários mínimos, os trabalhadores eram expostos a máquinas perigosas e produtos químicos nocivos. Marcas importantes que contam com trabalho escravo incluem a Nike, a Burberry e o Walmart.


Algumas das principais marcas do mundo usam trabalho escravo (Felipe Dupouy/Lifesize/Getty Images)

Fabricantes de roupas

American Apparel, Abercombe & Fitch, L.L. Bean, Gymboree, Hanes e Burberry são algumas das marcas conhecidas que utilizam trabalho escravo para produzir seus tecidos e roupas. De acordo com o Fórum Internacional do Trabalho, estas empresas não se enquadram nos padrões de trabalho justo e não tentam melhorar as condições de trabalho de seus empregados. L.L. Bean, Gymborree e Hanes utilizam trabalho infantil forçado em suas fábricas de produção de algodão no Uzbequistão. Os funcionários destes fabricantes de roupas não têm qualquer direito de negociação coletiva e não são filiados a sindicatos. O Fórum Internacional do Trabalho indica que esta é uma lista inconclusiva, já que há diversas outras marcas de roupa que exploram o trabalho escravo.


Fabricantes de artigos esportivos

Fabricantes de artigos esportivos, como a Nike e a Adidas, contam com trabalhadores na Indonésia para produzir seus calçados. Um relatório da Common Dreams, uma organização apartidária não governamental, indica que os trabalhadores indonésios vivem em extrema pobreza e enfrentam perseguições e agressões físicas de seus empregadores. A Nike é a maior empresa de calçados esportivos do mundo, e é dona de 11 fábricas na Indonésia que produzem 55 milhões de calçados por ano. Uma parcela significativa destes produtos é exportada para os Estados Unidos; apenas um par a cada 50 é vendido para consumidores indonésios.

Lojas de móveis e varejistas

O Fórum Internacional dos Direitos de Trabalho lista a Ikea, o Walmart e a Kohl's como lojas de móveis e varejistas que apresentam um histórico de práticas de trabalho injustas e que não têm "responsabilidade social corporativa". Quatro operários contratados por estas empresas na Turquia perderam suas vidas devido a condições de trabalho inseguras. Como um dos maiores varejistas do mundo, o Walmart tem mais de 60 mil fornecedores. Esta loja tem um longo histórico de violações de direitos trabalhistas de "alto nível" em países como Bangladesh, China, Indonésia e Suazilândia e já falhou em áreas como salários, pagamento de horas extras, licença-maternidade, pausas para ir ao banheiro, trabalhos forçados e o direito de sindicalização.


Empresas agro-industriais

Marcas agroindustriais tais como Monsanto, Cargill e Archer Daniels Midland se envolvem em práticas de trabalho injustas. De acordo com o Fórum Internacional dos Direitos do Trabalho, estas empresas "são o topo de uma cadeia de suprimentos complexa" que submete os empregados a trabalho infantil, forçado e escravidão por dívidas. Pequenos fazendeiros em diversas partes do mundo são obrigados a comprar sementes destes gigantes agroindustriais e vender a eles seus produtos a preços "insustentáveis". Trabalhadores de fazendas que exportam produtos como abacaxis, borracha, algodão, cacau, chá e flores abastecem importantes marcas de processamento de alimentos, tais como Kraft, Nestlé e Dole. Estas empresas são donas de uma parte significativa das marcas alimentícias globais e violam direitos trabalhistas em áreas que vão desde salários, horas de trabalho, liberdade de associação a exposição a produtos químicos nocivos ou tóxicos.