O que é uma doca seca

Autor: Judy Howell
Data De Criação: 2 Julho 2021
Data De Atualização: 22 Abril 2024
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O que é uma doca seca - Artigos
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Seja em forma de um navio submersível, com nome e número oficiais ou como uma vala, às vezes com lados e base permanente, uma doca seca tem um único propósito: o escoramento de um navio, fora da água, enquanto construções, reparos ou modificações são feitas. As docas secas auxiliam os construtores navais nessas funções há dois mil anos.


Uma doca seca levanta um barco ou navio da água (military ship in dry dock image by Vasyl Dudenko from Fotolia.com)

História

Uma doca é o corpo de água entre píeres, ou ao lado de um píer, onde os navios carregam e descarregam ou passam por reparos. Uma doca seca é preenchida com água e depois drenada, ao receber um navio, onde serão feitos reparos e manutenção.

Ao longo de 22 séculos, as docas secas evoluíram. As originais, descritas pelo escritor grego Ateneu, foram construídas no Egito e eram valas secas onde os navios eram construídos e reparados. Terminado o trabalho, a vala era aberta para o mar e a inundação resultante fazia o navio flutuar. (Veja a referência 1)

Na Europa, uma doca seca encomendada em 1495, pelo então rei da Inglaterra, Henrique VII, serve hoje como a casa do HMS Vitória, no Estaleiro Histórico de Portsmouth. O Vitória foi o carro-chefe do vice-almirante Horatio Lord Nelson, na vitória da Marinha Real sobre as frotas francesas e espanholas em Trafalgar, Espanha, em 1805, sendo então o navio de guerra encomendado mais antigo do mundo. (Veja a referência 2)


Tipos

Existem dois tipos de doca seca. O primeiro é um dique seco (ou doca seca) semelhante aquele usado pelos egípcios, ou seja, uma vala que é aberta quando o navio está posicionado para partir.

O segundo tipo é a doca flutuante que consiste de um navio submersível. Essas docas tem números oficiais como qualquer outro navio, e muitas delas tem nomes. A maior doca flutuante do mundo está no Terminal Internacional de Cruzeiros Shangai, na cidade de Yangzhou, na China. Com 410 metros, a doca seca Mt. Emei Shan é grande o suficiente para submergir, capturar e levantar os Very Large Crude Carries, os maiores navios em operação do mundo.

Enchendo a doca

Seja a doca seca ou flutuante, o contraventamento do chão desse local é primeiramente ajustado para segurar a quilha, a espinha dorsal do navio, que carrega o seu peso, em seguida, a doca seca é preenchida com água. Esse processo é feito através de válvulas que são abertas para que a água preencha a doca.


A doca flutuante preenche os seus "compartimentos" com água, fazendo com a doca afunde na água de maneira controlada até uma profundidade pré-determinada, baseada no navio, ou seja, baseada na profundidade com a qual o navio está na água. Para navios pequenos, a profundidade pode ser de apenas 4,50 m ou 6 m. Já com maiores navios, como os petroleiros, essa profundidade pode ser de 24 m ou até mesmo 30 m. Mesmo nessas profundidades, a cabine de comando e a estrutura superior da doca seca permanecerá acima da água.

A doca seca comum abre as suas comportas para permitir a entrada do navio.

Prendendo o navio

Em docas secas ou flutuantes, o navio entra lentamente, alinhando-se o mais perto possível da linha central da câmara de ancoragem para se prender as fixações abaixo da quilha quando a doca flutuante levanta ou o dique seco é drenado. Cabos de ancoragem são colocados pelo o navio e apertados, para mantê-lo no local.

Secando a doca

Quando o navio está posicionado, a doca seca fecha as suas comportas e bombeia a água para fora da câmara, criando um espaço seco para trabalho ao redor e abaixo do navio. Nas docas flutuantes, as bombas são iniciadas, retirando a água das câmaras de inundação, fazendo com que a doca flutue e levante o navio da água. Para sair da doca, o processo é simplesmente invertido.