Plantas anti-virais

Autor: Joan Hall
Data De Criação: 5 Janeiro 2021
Data De Atualização: 13 Poderia 2024
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As plantas têm sido usadas em medicamentos tradicionais para tratar infecções bacterianas, virais e fúngicas. Algumas tratam as infecções virais ativando o sistema imunológico, de forma a atacar as células infectadas por vírus, e podem ser usadas como medida preventiva. Entretanto, sempre consulte um médico antes de se automedicar com suplementos fitoterápicos, já que eles não costumam ser regulados pelo Ministério da Saúde.


Remédios à base de plantas podem tratar infecções (Jupiterimages/Goodshoot/Getty Images)

Alho e cebola

O alho (Allium sativum) e a cebola (Allium cepa) podem ser ingeridos crus ou parcialmente cozidos como uma medida preventiva contra infecções virais. Os ingredientes biologicamente ativos, como a alicina, se degrada em suas partes constituintes, aumentando a resposta do hospedeiro a patógenos virais. Um estudo publicado no Animal Science Journal, de 2010, documentava os efeitos do alho e da cebola sobre as funções imunológicas das galinhas. Os pesquisadores descobriram que doses de alho de 10 g por kg de peso corporal aumentavam a produção e proliferação de células imunológicas contra vários patógenos virais específicos dos pássaros.

Eupatório

Um remédio comum usado contra o surto de gripe espanhola, em 1918, continha eupatório — Eupatorium perfoliatum — para tratar os efeitos respiratórios causados pelo vírus. Um artigo publicado na Phytotherapy Research, em novembro de 2003, investigou os efeitos do eupatório contra o vírus simples da herpes tipo 1 (HSV-1), vírus Junín (JUNV) e vírus da dengue tipo 2 (DEN-2). Os autores do estudo descobriram que o eupatório é eficaz contra o HSV-1 a uma dosagem de 65 a 125 ppm, mas não teve efeito perceptível contra o JUNV ou DEN-2.


Andrographis paniculata

A Andrographis paniculata, erva nativa da Índia, é comumente usada na medicina tradicional chinesa para tratar inflamação crônica e esclerose múltipla causada por infecção viral. A pesquisa do Journal of Ethnopharmacology, de setembro de 2006, documentava o estudo designado a investigar a eficácia dessa planta no combate à influenza A (H1N1) usando células de brônquios humanos. O estudo concluiu que essa planta medicinal tem grande potencial para o tratamento alternativo contra o vírus da gripe por sua habilidade de aumentar a produção de anticorpos.

Lomatium dissectum

A Lomatium dissectum é uma planta tradicionalmente usada por índios americanos para tratar infecções respiratórias superiores virais através da inalação do vapor da planta fervida em água. Um teste clínico descrito em dezembro de 1995 no Journal of Ethnopharmacology demonstrou que o extrato da erva era eficaz no combate do rotavírus, embora ineficaz contra seis outros vírus que foram testados. Os autores concluíram que um expectorante produzido a partir da planta estimula os anticorpos no muco através de cadeias de vírus selecionadas.


Ginseng siberiano

O ginseng siberiano, ou Eleutherococcus senticosus, mostrou promover a função do sistema imunológico contra infecções virais do tipo RNA. Um estudo de junho de 2001, publicado na Antiviral Research, investigava a eficácia de um extrato da raiz da planta contra vários tipos de vírus RNA, incluindo o rino vírus humano (HRV), vírus respiratório sincicial (RSV) e o vírus da influenza A (IAV). Os pesquisadores descobriram que o extrato era eficaz em prevenir a replicação de todos os vírus testados, mas era ineficaz contra os vírus tipo DNA, incluindo o adenovírus e o HSV-1.